Recentemente, Walther Negrão afirmou que “Flor do Caribe”, trama da Globo que chegou ao fim nesta sexta-feira (13), “foi deliciosa de escrever”. E o autor pode ter certeza: foi também uma novela deliciosa de assistir.
Apesar do ritmo lento, sem grandes acontecimentos ou polêmica, “Flor” cumpriu seu papel e emocionou. Embora a história principal dos mocinhos Cassiano (Henri Castelli) e Ester (Grazi Massafera) tenha perdido o brilho com o passar do tempo, as tramas secundárias deram conta do recado. E como deram!
Os veteranos Laura Cardoso, Juca de Oliveira, Sérgio Mambert e Elias Gleizer, que surgiu apenas na reta final, não precisaram de papéis de muito destaque para dar um show de interpretação. Um olhar ou um sorriso emocionado do personagem foi suficiente para reforçar o porquê de tais atores fazerem parte da história da teledramaturgia brasileira e com louvor!
Já o novato Igor Rickli, que foi bastante criticado no começo da novela, se consagrou e soube conduzir o vilão Alberto, personagem extremamente complexo, com perfeição. Foi bacana acompanhar a evolução do ator ao longo dos meses. Por sinal, o desfecho do antagonista foi o ponto forte do último capítulo.
Nas cenas finais, Alberto tentou se matar, mas, surpreendentemente, foi salvo por Cassiano e Ester. Com um sincero e emocionado “obrigado”, ele se despediu de “Flor”. Foi de arrepiar e fugiu da mesmice!
Outro momento que merece ser ressaltado foi a redenção de Hélio (Raphael Viana). O rapaz aceitou o que renegou desde o primeiro capítulo da novela: a vida simples de pescador.
Mesmo que não tenham tido tanto destaque no último dia de exibição, Claudia Netto e Jean Pierre Noher também merecem ser lembrados. Os dois arrasaram na pele de Guiomar e Duque.
Em tempo: “Flor do Caribe” atingiu uma média de 21 pontos no Ibope da Grande São Paulo na reta final, contra os 18 alcançados por “Lado a Lado”. Mesmo que este número ainda seja abaixo do esperado pela emissora - que pretende recuperar os 30 pontos já marcados neste horário, o saldo, com um produto final de tamanha qualidade, é mais do que positivo.
Que venha “Joia Rara”!

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