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domingo, 8 de dezembro de 2013

Sem empolgar o público, “Além do Horizonte” fica refém de história fraca e protagonistas apáticos


 Com apostas no mistério e aventura, “Além do Horizonte” estreou há pouco mais de um mês com mais perguntas do que respostas. A proposta da novela, escrita por Carlos Gregório e Marcos Bernstein, criava uma atmosfera até então nova para os telespectadores: o mistério “light”, que envolve a busca pela felicidade e não assuntos mais pesados, como na recente “Avenida Brasil” e na icônica “A Próxima Vítima”.

No entanto, a utopia de achar a felicidade plena, livre de amarras materiais, não empolgou o público. O mistério por trás da “Comunidade” e da “besta” que assolava a fictícia Itapiré foi logo apresentado, antes que o telespectador desistisse de vez da trama.

Muito disso se deve à falta de carisma dos jovens atores que formam o núcleo principal da novela. Thiago Rodrigues, sempre apático, dá um tom pedante ao seu William. Juliana Paiva, intérprete de Lili, ainda muito marcada pela periguete Fatinha da temporada passada de “Malhação”, não conseguiu achar o fio condutor de sua atuação. O jeito pirracento da mocinha impede o público de criar empatia, como aconteceu na trama teen.

Vinicius Tardio está no meio do caminho e Rafa, seu personagem, acaba ficando a mercê da fraca atuação de Juliana e Thiago. No contraponto, os veteranos Antonio Calloni, Alexandre Nero, Cassio Gabus Mendes e Marcello Novaes, que interpretam LC, Hermes, Jorge e Kléber, respectivamente, evidenciam que a maturidade faz diferença na hora de “carregar” uma novela.

Se por um lado, a trama e os personagens centrais são fracos, a direção cuidadosa de Gustavo Fernandez chama atenção. Formado no núcleo de Ricardo Waddington, Fernandez vem fazendo um bom trabalho em sua primeira novela como diretor geral. As câmeras dialogam com a tensão presente nas cenas. Além disso, os contrapontos que faz usando a distância ou a aproximação dão um frescor que combina com a temática do folhetim.

Todas as inovações propostas em “Além do Horizonte” serviram para não deixá-la cair no manjado pastelão usado no horário das sete. Mas, com um mês de exibição, a trama ainda não empolgou o público. Depois de ter o pior índice de audiência dos últimos 13 anos no horário no dia de sua estreia – 24 pontos –, a novela amarga média de 18 pontos. A pressão é tanta em cima dos autores que já se cogita reescrever capítulos prontos e inserir outros personagens na trama central. Se vai funcionar, é outra história.

http://www.otempo.com.br

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