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segunda-feira, 21 de abril de 2014

Ousadia de Além do Horizonte foi um verdadeiro desastre


Quando estreou, em novembro de 2013, Além do Horizonte tinha a proposta de inovar o horário das sete, destinado às comédias, com uma narrativa repleta de mistérios e aventura. Na sua reta final, avalia-se que a ousadia foi um verdadeiro desastre. Não que a novela não tenha sido bem escrita; apresentou uma história até interessante, mas mexer em um pilar tão bem concretizado na televisão trouxe sérias consequências à audiência da Globo: a queda dos índices da novela abalou inclusive o ibope do Jornal Nacional.

Além da proposta inovadora da narrativa, Além do Horizonte apostou em novas caras, o que é um grande acerto da produção, não fosse a falha da direção em preparar melhor alguns nomes. Ainda que Vinicius Tardio (Rafa) e Christiana Ubach (Paulinha) não tenham dado conta do recado, a novela revelou atores que têm tudo para deslanchar. É o caso de Igor Angelkorte (Marcelo), Luciana Paes (Ana Selma) e o garoto JP Rufino (Nilson).

Do elenco experiente _reduzido, diga-se de passagem_ destaque para Maria Luiza Mendonça, que mostrou uma excelente veia cômica. Thiago Rodrigues não soube compor seu personagem de modo a cativar os telespectadores, tanto que o romance de William com Lili (Juliana Paiva) acabou azedando e a mocinha foi parar nos braços do irmão do protagonista, Marlon (Rodrigo Simas). Por outro lado, foi a deixa para que Mariana Rios (Celina) mostrasse a maturidade de seu trabalho como atriz e fizesse com que sua personagem crescesse em importância na trama.

Os autores foram precisos ao promover a ciranda dos casais e também ao apagar outros incêndios que apareceram ao longo da história, como as baixas no elenco _no caso de Alexandre Nero (Hermes) e Claudia Jimenez (Zélia). Certamente, não foi a novela mais fácil de ser escrita.

Com os romances bem definidos, a história da busca pela felicidade corria por fora. Os embates entre Carolina Ferraz (Tereza) e Antonio Caloni (LC) foram interessantes. Ferraz começou a novela um tanto apática, mas o público logo entendeu que era uma característica da vilã. Já Caloni roubou a cena assim que apareceu. Subjetiva demais, a tal busca pela felicidade deu lugar ao segredo da história, que era entender o que se passava na comunidade alternativa e descobrir a fórmula da máquina que tanto falatório despertava entre os personagens e movimentava a trama.

O ritmo ágil de Além do Horizonte acabou por confundir os telespectadores, que, se ficassem um dia sem conferir a história, corriam o risco de se perderem. Ironia das ironias, agilidade é o que falta na trama das nove, Em Família, e é um dos fatores que contribuem para a queda da audiência.

Outro destaque positivo da novela é o cenário. Ambientar uma novela em plena floresta amazônica não é tarefa das mais fáceis, mas a equipe de cenografia de Além do Horizonte cumpriu a missão com maestria.

Não fosse pelo recorde negativo que ostenta, Além do Horizonte poderia passar em brancas nuvens. Está longe de ser uma novela excelente, mas também não foi das piores.

Via: Noticiasdatv

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