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terça-feira, 8 de outubro de 2013

‘Amor à vida’: Até Juliano Cazarré tem dúvidas sobre o comportamento de Ninho


A volta de Ninho (Juliano Cazarré) em “Amor à vida” foi guiada pela urgência de duas reconquistas. O ex-hippie já cativou a filha, Paulinha (Klara Castanho), mas ainda acredita na possibilidade de um novo relacionamento ao lado de Paloma (Paolla Oliveira). Agora rico, o discurso do personagem mudou, bem como seu visual, mais arrojado. Resta saber se o seu caráter, marcado por atitudes inconsequentes no passado, se transformou com o tempo. — Acho que o fato de ele ter obtido sucesso fazendo o que gosta, fazendo a sua arte, mudou também a personalidade dele.

E o dinheiro que ele ganhou traz uma calma, uma atitude mais madura também, porque ele não precisa mais ficar pedindo favor pra ninguém. Mas se ele se tornou bonzinho, ou mais vilão ainda, isso só o tempo vai dizer — afirma Juliano Cazarré. A dúvida do ator não surge à toa. Ao desembarcar no Brasil, e já pensando em se reaproximar de Paulinha e Paloma, Ninho procurou justamente Félix (Mateus Solano) — o vilão bancou o sequestro da pré-adolescente — para ajudá-lo e ameaçou contar tudo o que sabe sobre ele. — É uma relação de interesses. Acho que um não gosta do outro. Mas um pode ser útil ao outro.

 E ambos tem culpa no cartório — avalia Cazarré. Apesar das ações irresponsáveis de Ninho, o ator acredita no amor do pintor pela filha. — Acho que ele sente um afeto verdadeiro por Paulinha. E nunca esqueceu completamente a Paloma — confirma o ator, que classifica o sentimento do personagem em relação à médica: — É amor demais, um amor não saudável. Diferente, o personagem tem a chance de cair no gosto do público, o que não aconteceu no começo da novela.

O pensamento supostamente libertário que ele pregava, aliado ao visual hippie, fizeram de Ninho alvo fácil de rejeição. — Se o Ninho tivesse os dreads, mas fosse um cara legal, tenho certeza de que a galera curtiria ele. Mas ele cometeu muitas más ações. Ele é assim, faz bobagem. Vamos ver agora o que ele vai fazer. O público é inteligente e não vai julgá-lo pela aparência, mas pela sua conduta — ressalta.

extra.globo.com

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