Ela aprontou tudo que podia — e não podia — e ainda apoiou as armações da filha, Amora (Sophie Charlotte), em “Sangue bom”. Mas, no fim, a pergunta que fica é: como não amar Bárbara Ellen? Faltando poucos dias para se despedir da loura, Giulia Gam comemora o sucesso do seu primeiro papel cômico na TV e diz que gostaria de continuar interpretando a atriz decadente por mais algum tempo.
— O que foi muito bacana é que os autores (Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari) começaram a escrever o papel já pensando em mim e isso nunca tinha acontecido comigo. Me surpreendeu muito. E a Bárbara tinha que acontecer, até porque ela tem uma função muito forte na trama. Senti a responsabilidade — afirma a atriz, que frisa estar bem distante da realidade de Bárbara: — Fico muito feliz por ter mostrado um lado meu que nunca trabalhei em novela. Fiz muita coisa de época, até por uma escolha minha. Costumo dizer que meu primeiro papel de jeans foi a Heloísa (de “Mulheres apaixonadas”, 2003). Então, mostrar essa faceta foi surpreendente, ainda mais com uma personagem tão diferente de mim, que vive para buscar a fama.
Nessa busca pelo sucesso, no penúltimo capítulo de “Sangue bom”, Bárbara Ellen acaba parando num reality show, o “AQPC — A que ponto chegamos”. Lá, ela, Vitinho (Rodrigo Lopez), Tito (Rômulo Neto), Mel (Carla Salle) e um grupo de sarados e gostosas são confinados.
E quando questionada sobre os motivos que a levaram a participar do programa, ela explica, na maior pose: “Para nós, é como fazer laboratório 24 horas por dia! Eu tenho certeza de que, se Stanislavsky estivesse vivo, recomendaria realities aos atores! E Lee Strasberg também!”.
Com toda a loucura que cerca a perua, Giulia defende um fim leve a sua personagem:
— Acho que as pessoas queriam um fim engraçado para ela, de repente vê-la dando a volta por cima, apesar das armações. Eu imaginava ela no Paraguai, lendo bola de cristal, ou num cruzeiro bem vagaba, fazendo show como uma vedete. Mas essa coisa do reality também é bem legal, por causa dessa questão da celebridade que a novela tanto abordou. Queria um final estelar para ela.
Com a fala pausada, mas sem deixar de dar a famosa gargalhada, Giulia ainda não sabe como ficará sem Bárbara e dá sugestões para adiar a despedida:
— Apesar de cansada, não queria me desfazer da Bárbara Ellen. Ela representa tanta coisa. Poderia continuar num programa, de repente, ou uma série.
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